Exposição Amazônia
A mostra Amazônia, de Sebastião Salgado, chega ao Museu do Amanhã para uma temporada de seis meses.
Composta por quase 200 painéis fotográficos, a exposição tem causado impacto por onde passa – como França (Museu da Música, Filarmônica de Paris), Itália (MAXXI Museu, em Roma) e Inglaterra (Museu da Ciência, em Londres) – lembrando quão impressionante a vida na floresta é, seja na visão aérea que traz a curva luminosa de um rio, seja nos minuciosos adornos utilizados pelos povos originários. O patrocínio master é da Seguradora Zurich, que também apoia o Instituto Terra, projeto dos Salgado de recomposição da mata nativa no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais; patrocínios ouro da Natura e do Itaú.
– Abertura: 19 de julho de 2022
– Encerramento: 29 de janeiro de 2023O Museu do Amanhã funciona de terça a domingo, das 10h às 18h (última entrada às 17h)
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As 194 imagens impressas são o resultado de sete anos de experiências e expedições de Sebastião Salgado na Amazônia brasileira e revelam a floresta, rios e montanhas, assim como a vida em várias comunidades indígenas – estão retratados os povos Awá-Guajá, Zo’é, Suruwahá, Yawanawá, Marubo, Asháninka, Korubo, Yanomami e Macuxi. Esse denso universo marcou o olhar do fotógrafo com imagens impressionantes, em sua grande maioria mostradas ao público pela primeira vez.
Idealizada e concebida por Lélia Wanick Salgado, a mostra promove um mergulho no coração da Amazônia e é um convite para ver, ouvir e, ao mesmo tempo, refletir sobre o futuro da biodiversidade e a urgente necessidade de proteger os povos indígenas e preservar esse ecossistema imprescindível para o planeta.
“Ao projetar ‘Amazônia’, quis criar um ambiente em que o visitante se sentisse dentro da floresta, se integrasse com sua exuberante vegetação e com o cotidiano das populações locais”, comenta Lélia.
Além das imagens impressas, a exposição apresenta ainda dois espaços com projeções de fotografias. Uma delas mostra paisagens florestais musicadas pelo poema sinfônico “Erosão – Origem do Rio Amazonas”, do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos (1887-1959); a outra revela retratos de indígenas, com uma composição especial de Rodolfo Stroeter. Também serão exibidos vídeos com testemunhos de lideranças indígenas sobre a importância da Amazônia e os problemas enfrentados hoje em sua sobrevivência na floresta.
“Esta exposição tem o objetivo de alimentar o debate sobre o futuro da floresta amazônica. É algo que deve ser feito com a participação de todos no planeta, junto com as organizações indígenas”, defende Sebastião Salgado.
O MUSEU E A FLORESTA
A chegada da exposição Amazônia se soma a uma série de iniciativas que o Museu do Amanhã realiza neste ano com foco na valorização desse bioma. Desde sua inauguração, no fim de 2015, o Museu busca estimular o debate sobre a preservação da floresta por meio de eventos organizados com parceiros, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e da atualização constante de dados relativos ao desmatamento na região, divulgados na exposição de longa duração.
Em 2022, esse posicionamento ganhou ainda mais força com a exposição Fruturos – Tempos Amazônicos, que ficou em cartaz até junho, acompanhada por uma série de atividades que reforçaram a pergunta central do projeto: como promover um novo modelo de desenvolvimento para a região, que alie saberes tradicionais e conhecimento científico, com o compromisso de manter a floresta em pé? Também neste ano, teremos no LAA (Laboratório de Atividades do Amanhã) a mostra Etnomídia Indígena, que busca aproximar o público de iniciativas como Vídeo nas Aldeias e Rádio Yandê, entre outras que têm em comum a perspectiva da autorrepresentação.
Ao destacar a Amazônia em sua programação, o Museu do Amanhã tem a oportunidade de abordar questões que reverberam pelas mais diversas áreas, em todas as regiões brasileiras. Isso envolve, por exemplo, a necessidade de termos mais investimentos em pesquisa, assim como propostas assertivas para enfrentar as causas e as consequências do aquecimento global. Também passa, de modo fundamental, pela valorização e defesa de populações que historicamente vêm sendo dizimadas em nosso território, como os povos originários. Tudo isso dialoga diretamente com os quatro eixos do museu: sustentabilidade, convivência, conhecimento e inovação.
Aqui no Museu, o nosso amanhã é feito hoje. Diante disso, receber a exposição Amazônia de Sebastião Salgado neste ano reforça o compromisso que temos de convidar nosso público para enxergar a potência dos diversos ecossistemas e do nosso meio ambiente, debater as questões urgentes que enfrentamos para um melhor futuro do nosso planeta e repensar nossa existência de uma maneira transformadora.
A atividade está comprometida com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), clique aqui para saber mais.
Objetivo 10: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
Objetivo 14: Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável
Objetivo 15: Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade